Práticas sustentáveis, como o reflorestamento comercial, estão moldando os investimentos para 2025, criando novas oportunidades para o futuro.
A sustentabilidade está se consolidando como um dos pilares fundamentais no mundo dos investimentos, especialmente no cenário de 2025.
O que antes era visto como um diferencial competitivo tornou-se uma exigência estratégica para os negócios.
No Brasil, especialistas apontam para um crescimento significativo do ESG ( Environmental, Social, and Governance – Ambiental, Social e Governança), impulsionado por um movimento global que influenciará as decisões dos investidores no próximo ano.
Segundo um relatório da Infosys, empresa global de consultoria e serviços de TI, 90% dos executivos entrevistados afirmaram que iniciativas ESG apresentam retornos financeiros positivos. Entre mais de 2.500 executivos e gerentes consultados, nenhuma perda resultante dessas ações.
A pesquisa indica que 41% dos entrevistados observaram retornos financeiros em um período de dois a três anos, enquanto menos de um terço afirmou que demorou mais para atingir o equilíbrio financeiro nos investimentos. Embora a sustentabilidade seja um dos fundamentos do ESG, as áreas de social e governança também desempenham papéis importantes. A dimensão social possui 81% da confiança dos executivos para gerar resultados positivos nas pessoas, no planeta e nos lucros, seguido pela governança, com 70%.
Renata Brito, diretora executiva do Instituto Brasileiro de Florestas (IBF), destaca que o valor movimentado pelo ESG tende a atrair a atenção dos investidores em 2025, especialmente diante da instabilidade econômica no Brasil e no mundo. Um exemplo de investimento sustentável que já apresenta resultados positivos é o ativo florestal.
“Quando falamos de ativo florestal, estamos nos referindo ao investimento em árvores plantadas que, ao serem cortadas, são destinadas à indústria. A silvicultura contribui para reduzir a pressão sobre as florestas nativas, frequentemente utilizadas de forma ilegal para fornecer madeira ao mercado, ou que prejudicam gravemente o meio ambiente. No Instituto Brasileiro de Florestas, cultivamos mais de 5 mil hectares de Mogno Africano, uma espécie de madeira nobre. A matéria-prima extraída dessa espécie é destinada à indústria moveleira, naval, de instrumentos musicais e outras atividades.”
Brito explica que seis hectares plantados podem render aproximadamente R$10 milhões ao final do ciclo da planta. “Estamos atraindo investidores de diversos países além do Brasil. A floresta plantada brasileira, que colabora para a redução do desmatamento, chama a atenção dos produtores da Rússia e da Austrália, que investem em Mogno Africano com o IBF em Minas Gerais.”
Diante da desaceleração econômica, dos juros elevados e da inflação, os investidores tendem a buscar opções mais conservadoras e seguras. Alinhar a sustentabilidade dessas demandas cria um horizonte de oportunidades sólido e inovador para 2025.
Assim, o ESG não apenas responde às exigências do mercado moderno, mas também oferece um caminho seguro e lucrativo para investidores que desejam aliar impacto positivo em resultados financeiros consistentes.