Emissão de CO2 foi de 3,8 bilhões de toneladas métricas, em 2023.
O relatório da Forest Declaration Assessment, de 2024, foi divulgado nesta semana e indica que, em 2023, o mundo não cumpriu com a meta de eliminar o desmatamento até 2030. Isso significa que o desmatamento está 45% acima dos níveis estabelecidos para atingir os objetivos internacionais.
Segundo o estudo, florestas do tamanho da Irlanda foram desmatadas no ano passado. A meta de redução de 2023 era de 4,4 milhões de hectares, que não foi alcançada. As matas tropicais foram as mais atingidas, representando 96% do desmatamento. Essa destruição resultou na emissão bruta de 3,8 bilhões de toneladas métricas de CO2 na atmosfera.
A extração comercial da madeira é um dos fatores apontados pelo relatório como causadores do problema, principalmente em locais como África, Ásia, América Latina e Caribe. O relatório aponta a importância do reflorestamento para recuperar áreas degeneradas e atingir a meta de eliminar o desmatamento.
Desde 2019, a área de reflorestamento no Brasil identificada pelo relatório aumentou de 79 mil hectares para 150 mil, de acordo com a Forest Declaration Assessment. Várias formas de reflorestamento são listadas, entre elas os “sistemas agroflorestais”, onde a silvicultura está inclusa. O Brasil conta ainda com objetivos nacionais para combater o desmatamento ilegal da madeira, e recentes incentivos foram criados para o setor da silvicultura.
O reflorestamento comercial é uma forma de suprir a demanda do mercado por madeira e ao mesmo tempo colaborar com o combate do desmatamento e emissão de CO2 na atmosfera. Com o plantio de árvores para a indústria, aliviamos a pressão sobre as matas nativas” – explicou Higino Aquino, fundador e CEO, do Instituto Brasileiro de Florestas (IBF).
O IBF mantém um empreendimento florestal em Pompéu, região central de Minas Gerais, com mais de 5 mil hectares destinados ao investimento em madeira de Mogno Africano. Os investidores aplicam neste modelo de negócio e ao final do ciclo desta espécie – que gira em torno de 17 e 20 anos – obtém lucros a partir do corte das árvores.
Nós temos recebido investimento internacional. Pessoas estão interessadas em produzir madeira que sempre tem demanda no mercado, sem afetar o meio ambiente. A pauta ESG faz cada vez mais parte da escolha na hora de diversificar a carteira de investimentos” – finaliza Aquino.
Assista ao vídeo e conheça o projeto de reflorestamento de Mogno Africano em Minas Gerais: