O beneficiamento da madeira é um conjunto de técnicas que permite transformar a madeira bruta em uma matéria-prima de ótima qualidade para diversas finalidades nas indústrias. Leia mais e entenda!

O beneficiamento da madeira é um processo que transforma a madeira bruta – recém extraída da floresta – em uma madeira apta para diversos tipos de aplicações. O procedimento é composto pelo tratamento e alisamento de diversas camadas das toras, deixando-as livres de imperfeições.

Diferenças entre a madeira bruta e madeira beneficiada

Madeira bruta

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Madeira prematura recém extraída da floresta

A madeira bruta é aquela que não é beneficiada e, portanto, não sofreu um processo de alteração após a sua extração. Logo, possui imperfeições, farpas, relevos, rebarbas e uma superfície áspera. 

Como a madeira bruta não passa pelo melhoramento, tende a ser mais barata do que aquelas que passam por um processo de acabamento. 

Esse tipo de madeira é comumente utilizado em locais que precisam da matéria-prima, mas não de forma visível, como as estruturas da construção civil, por exemplo.

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Madeira beneficiada pronta para o transporte.

Madeira beneficiada

Ao contrário da madeira bruta, a madeira beneficiada passa por um processo de melhoramento em sua composição, possuindo um apelo estético maior, sendo muito utilizada na fabricação de móveis, ornamentos de luxo, instrumentos musicais, construção civil e naval.

Como é feito o beneficiamento da madeira?

Da extração até a sua comercialização, a madeira passa por um processo composto por diversas etapas que transformam a madeira bruta em madeira beneficiada. Conheça os principais procedimentos: 

1) Desdobro das toras

Após realizar a extração das árvores, as toras de madeira são transportadas até as madeireiras para iniciar o seu processamento e beneficiamento.

A primeira etapa consiste no desdobro das toras em equipamentos apropriados, que irão transformar as toras em blocos e pranchas. O rendimento da madeira após o desdobro varia de acordo com as técnicas e maquinários empregados na operação. 

2) Corte da madeira

Nesta etapa a madeira passa por novos cortes para chegar aos padrões comercializáveis no mercado. Os cortes podem ser realizados através do:

  • Destopamento da madeira: que permite fazer cortes transversais na matéria-prima, resultando em peças com extremidades esquadrejadas e comprimentos pré-determinados de acordo com a necessidade de uso.
  • Refilamento da madeira: permite fazer cortes longitudinais, resultando em tábuas com larguras variadas. 

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Corte da madeira Ateliê Petro Petry.

3) Secagem da madeira

A secagem da madeira tem como objetivo reduzir o teor de umidade da matéria-prima. É possível realizá-la de duas formas, sendo:

  • Secagem ao ar livre: deve ser realizada em locais abertos, empilhando as tábuas espaçadas entre si, de modo que o ar circule entre as peças e diminua sua umidade.
  • Secagem em estufas: este modo é composto por 3 fases: aquecimento, secagem e uniformização. Esses processos garantem que a madeira passe por todas as etapas de forma precisa e equilibrada, possibilitando sua aplicação diversa.

Ambos os métodos de secagem trazem ótimos resultados, desde que bem executados, e sua escolha pode variar de acordo com os custos das operações. 

Para realizar o beneficiamento da madeira, é preciso considerar as condições do comprador (caso a madeira já esteja vendida) e a sua aplicação final. 

Lembre-se que além de aumentar a vida útil de um produto, este procedimento permitirá a comercialização da madeira em preços mais atraentes.

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