Conhecida como “mato”, as ervas daninhas são fatores recorrentes nas florestas, já que o ambiente é aberto e a dispersão de sementes é algo natural. Continue lendo!
As ervas daninhas ou “mato” como é conhecido popularmente, é qualquer planta silvestre que cresce em áreas controladas pelo ser humano, como: cultivos agrícolas, florestas, hortas, entre outros.
Quando seu crescimento acontece de forma descontrolada, pode ocasionar prejuízos para o produtor e para o desenvolvimento das culturas. No entanto, quando o seu controle é feito preventivamente e de forma contínua, traz resultados positivos para um plantio.
Continue lendo este artigo e descubra por que as ervas daninhas nem sempre são maléficas!
Afinal, o mato é prejudicial para o plantio?
A resposta é: depende!
Embora estejam associadas a aspectos negativos, as ervas daninhas, podem contribuir de forma favorável para o crescimento de uma cultura, além de atuar como coletoras de minerais deficientes do solo.
No caso do Mogno Africano, por exemplo, nos primeiros anos, com a copa das mudas ainda ocupando pouco espaço, há luminosidade excessiva, favorecendo a germinação das sementes, onde se inicia a competição do mato com as mudas. Essa competição estimula o crescimento em altura da muda, uma vez que ela busca não perder espaço para receber a luminosidade para o seu crescimento.
A competição só é desvantajosa para a muda quando ela perde espaço no sentido vertical e começa a ser sombreada pelas plantas invasoras.
Por isso, com o passar do tempo, as copas das árvores tendem a ocupar mais espaço, gerando sombreamento no terreno, resultando na diminuição das infestações. Portanto, a árvore continuará crescendo, sem a competição maléfica das ervas daninhas.
Por que combater o mato (ervas daninhas)?
As ações preventivas para o controle do mato são importantes para que as plantas invasoras não possam competir com água, luz e nutrientes do solo com a cultura em desenvolvimento.
Por consequência, ao realizar o controle do mato, os nutrientes que estavam presentes nas ervas daninhas retornam ao solo de forma gradual, uma vez que não terá mais atividade fotossintética após o combate.
Ao realizar o combate a planta invasora forma uma camada de plantas mortas chamada de serrapilheira, cuja função é importante para ciclagem de nutrientes, tendo papel fundamental na manutenção da floresta.
Os resíduos gerados servem como barreira física contra a perda de umidade, manutenção da temperatura do solo, contenção do escoamento excessivo de terra (erosão), além de diminuir a entrada de luz e germinação do banco de sementes instalado no terreno.
Métodos para controle das ervas daninhas
Existem alguns tipos de controle que poderão ser empregados no cultivo quando as ervas daninhas se encontrarem em estado de competição maléfica. Ao realizar o controle do mato, o método selecionado e a estratégia operacional devem levar em conta a espécie infestante, assim como a capacidade da planta invasora em relação à competição por água, luz e nutrientes. Os controles mais comuns são:
Controle Mecânico
O controle mecânico das plantas daninhas é feito através da retirada manual ou através do uso de equipamentos como roçadeiras. Embora a introdução dos herbicidas no mercado tenha facilitado a operação, o uso deste equipamento é muito comum.
Controle químico
O controle químico é feito com defensivos agrícolas, conhecidos como herbicidas. Antes de realizar o controle químico é fundamental conhecer a dinâmica sobre os herbicidas e seus diferentes mecanismos de ação na planta invasora, para que dessa forma seja usado da forma correta.
Geralmente sua aplicação é realizada por meio de pulverizadores tratorizados, aéreos ou através da bomba costal.
Importante: Em períodos chuvosos, o mato cresce bem mais rápido que em dias comuns. Por isso, o controle nessa época é mais trabalhoso, já que a aplicação de herbicidas como combate fica prejudicada devido à chuva.
Controle físico
O controle físico pode ser feito através da solarização do solo (técnica baseada no aquecimento do substrato por meio da energia solar).
Para fazer a solarização, usa-se uma cobertura de polietileno transparente. Por consequência, a temperatura do solo aumenta, matando a plântula – embrião da erva daninha.
Controle cultural
O método emprega a adoção de práticas agrícolas comuns, como rotação de culturas, variação de espaçamento, população de plantas e cobertura verde etc. A prática auxilia na redução do banco de sementes do solo, diminuindo os níveis de infestação da lavoura nos próximos anos.
Embora haja quatro opções para o controle do mato, os mais comuns utilizados em plantios de Mogno Africano são: o combate mecânico e o combate químico.
Vale ressaltar também que, por mais que haja um controle adequado, o mato nunca será eliminado por completo. Por isso, o nome dado a atividade é controle e não eliminação.
Por que fazer o coroamento da muda?
O coroamento faz parte das ações preventivas contra as ervas daninhas e consiste na remoção manual ou através do controle químico, de qualquer vegetação que exista em um raio de no mínimo 50 cm ao redor da planta.
Como pudemos observar, o mato nem sempre causará interferências negativas em um plantio. Seu impacto dependerá de como o seu controle é realizado antes e durante o crescimento de uma cultura.
Apesar de não serem o alvo do cultivo, as ervas daninhas podem ser aliadas na manutenção do plantio, possuindo papel nutricional e físico na manutenção das florestas.
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